Se partíssemos do pressuposto que as diretrizes internas adotadas por cada partido político e seus filiados, agissem unicamente dentro da esfera que beneficia a comunidade, fazendo com que as suas normas programáticas e ideológicas fossem de fato voltadas para o povo, não haveria inconveniente algum em que os “futuros donos do poder” trocassem constantemente de legenda. Infelizmente não é essa a realidade.
A outra questão é o conteúdo programático adotado. Elabora-se programas e cronogramas que tendem a estreitar os laços entre ideologia e realidade. Tudo também parece perfeito !
É na fase que precede o “comer do bolo”, que as emendas, artigos e adendos, transformam todo o conteúdo programático e ideológico dos partidos. Igualmente nesta fase, as convicções de candidatos se perdem entre beneficiar os munícipes ou garantir de fato a sua ascensão. Em ambos os casos, o que era feito para o povo, agora tem como norma disputar a liderança do poder com outros partidos. O povo é esquecido, e o PODER enaltecido. Quem for mais articulado comerá a melhor fatia. Infelizmente no troca-troca partidário, não se objetiva mais o bem estar da população, a ordem é mudar para o partido que oferecer melhores condições de se chegar ao poder. Ideologia partidária e programática, que a principio seria a base de sustentação do bem estar coletivo, cede espaço para a acirrada briga de candidatos que se agarram em quem já teve, ou tem, poder, prestígio e influência, sem ao menos manifestarem um inteligente interesse em conhecer e analisar previamente todas as bases e diretrizes do partido novo que os acolherá …