Somos o reflexo das nossas atitudes, todavia elas se direcionam de acordo com a herança educacional que tivemos na infância. Atitudes infantis não se restringem ao conceito de imaturidade biológica, mas se relacionam com toda a construção social que assimilamos desde os primeiros minutos das nossas vidas. O adulto faz o adulto. Crescemos com conceitos errôneos, discretamente jogados na nossa estruturação psicológica, sem que percebamos os devastadores efeitos que eles causam na nossa concepção adulta de entender e encarar a vida. Se a criança chora sem motivos, é comum que escutem “Pare de chorar senão mando o guarda te prender.”. Absurdamente grande é o impacto negativo que a criança recebe ao escutá-la, associando a imagem do policial à considerável negatividade social. Para induzir os pequeninos ao sono, cantamos “Atirei o pau no gato …, mas o gato não morreu..” , ai eu pergunto, o que tem o gato a ver com isso ? Nada ! Mas inconscientemente a criança já absorveu a ideia de matar o felino a pauladas sem nenhum motivo justificável ou aparente.
Entre cantigas que dizem ” Nana nenê que a Cuca vem pegar …” , ” Boi, boi da cara preta, pega essa criança que tem medo de careta …”, vai-se criando um tenso estado emocional que certamente se refletirá um dia em alguma atitude desajustada, ou no mínimo um medo sem aparente razão lógica de existir. Esse medo é motivado pelas recordações discretamente trazidas à tona pelo nosso sub-consciente . Se a criança chora, diga positivamente ” Pare de chorar, seja forte como aquele policial que nos protege ! “, é essa mudança social de comportamento que em sua essência irá fazer toda a diferença …
Autor do texto Mozzilli – 12-11-2013
Janete
Volte a escrever as suas cronicas com frequencia. Salve Oxalá para a sua volta a internet. Obrigada pelo retorno do meu e-mail. Janete.
Sandra / Ivone
Linda a sua maneira de pensar. Como sempre nos ensinando alguma coisa. Parabéns pelo retorno do site, somos leitoras assíduas aqui em casa.