EU E MINHA ESPOSA, UM POUQUINHO DE NÓS DOIS


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Minha vida sempre foi cercada de momentos poucos convencionais. Quando morava em São Paulo, sempre estive envolvido com projetos esportivos e sociais, e tive como estruturação básica a “escola política” do saudoso e querido governador Mário Covas. Curiosidade : Covas estudou engenharia na USP-Universidade de São Paulo, na mesma sala de aula de seu futuro e maior adversário político, Paulo Maluf, ambos jamais poderiam imaginar o que lhes aguardaria dentro da política paulistana !

Mudei-me para o Paraná com meu único filho e ex-esposa pois ele havia passado no difícil exame do Colégio Militar do Exército, e como bom e assumido “pai coruja”  assumi esses novos horizontes.

Quando casei novamente, mal poderia imaginar que a política e o esporte atravessariam a minha vida mais uma vez. Conheci a minha esposa há 10 anos, e nos primeiros momentos da nossa conversa inicial, fiquei surpreso ao saber que ela era concursada da Prefeitura de Curitiba. Na sequência do diálogo, tentei fazer uma gracinha e disse : “nooossa, a política nos é comum, mas eu também adoro esporte, se você gostar de algum, poderemos ser bem amigos !”. Ela sorriu e me disse “quem sabe um dia eu possa vir a gostar!”. Continuamos conversando e sempre que eu tocava no assunto esporte, um estranho e discreto sorriso lhe invadia os lábios.

Não consegui dominar a minha curiosidade e perguntei : “porque você sorri quando falo de esporte e crianças ? será que estou te convencendo mesmo a gostar de algum deles ?”, ela me olhou demoradamente e ampliando aquele discreto sorriso me disse : “Sou gerente de esporte em uma regional da Prefeitura de Curitiba e árbitra internacional de Ginástica Olímpica , mas o que mais me fascina é poder pertencer à diretoria da Confederação Brasileira, e ter condições de desenvolver o meu projeto de ginástica para crianças especiais e cadeirantes !” Por um micro instante achei que ela estava “tirando” uma comigo, mas na sequência dos meus pensamentos, percebi que eu estava à frente de minha futura esposa. A conversa fluiu e após alguns dias estávamos namorando. Com o passar do tempo descobrimos outras inúmeras coisas em comum, literatura espiritualizada, bichos de estimação, reuniões com amigos para ações sociais, viajar para lugares históricos entre tantas outras coisas.

Paris (França), Cairo (Egito) e esquiando no Chamonix Railway Station (Alpes Suiços)

Acredito que viajar é muito mais que lazer e prazer, é conhecimento e cultura. Tive muito contato com Rafael Greca , que considero um culto político paranaense e grande conhecedor da história do nosso estado. Ele me relatou que a sua inspiração para compor o visual para fazer os Faróis do Saber de Curitiba, teve origem em uma maquete do Farol de Alexandria, que ele fotografou no Museu de Antiguidades Egípcias, na cidade de Cairo. Cultura, experiência e AÇÃO, é o que interessa para o progresso de qualquer cidade. Pensamentos miúdos geram acomodação, e somente “boa vontade”  não nos leva a lugar algum !

Conversando sobre judô, com quem seria a minha futura esposa, falei que mesmo dominando as técnicas de defesa, nunca gostei dos treinamentos com arma branca e arma de fogo, que eram exigidos nos exames de graduação. O comentário que escutei, me fez ficar de queixo caído. Ela disse : “também não gosto de arma branca, prefiro um FAL (Fuzil Automático Leve) que dispara no automático, com uma precisão invejável !”. Meus pensamentos e movimentos travaram por alguns segundos. Retornando a raciocinar, pensei : “Será que escutei isso dessa linda ruiva que é árbitro de ginástica ?”. Sim, havia escutado ! Após o karaokê, seu hobby preferido é praticar tiro ao alvo. Como disse no início da postagem, momentos nada convencionais fazem parte da minha vida.
Minha esposa Andréa Flexa treinando na P.F. com fuzil FAL,
Magnum 45 e com seu Smith & Wesson calibre 38.
Sempre digo que a vida é uma caixinha de surpresas e emoções, e que a Andréa Flexa é uma mulher double-face, de exterior e interior enxutos. Uma agradável e doce pessoa, que chora ao ver um cãozinho abandonado, que ao cantar se deixa levar pela pura emoção da letra, que em suas diárias orações não esquece de nenhum amigo, que se sacrifica em prol do sorriso alheio, e que está discretamente comigo na idealização e nos bastidores de todas as ações sociais da nossa equipe. Quem não a conhece não consegue avaliar as suas nobres atitudes sociais e as suas práticas reações reais aos problemas comunitários. Uma anfitriã para qualquer fino jantar e uma simples e descontraída menina para cachorro quente em uma calçada qualquer da madrugada …
No entanto a nossa grande incompatibilidade é a internet. Eu amo e ela pouquíssimo gosta. Mas será que não gosta mesmo ? … afinal o nosso primeiro encontro foi marcado usando como cupido o teclado de dois lap-tops …rs…

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