O deputado federal Fernando Francischini (PSDB) e o estadual Cleiton Kielse (PMDB) se filiam hoje em Brasília ao recém-criado Partido Ecológico Nacional (PEN). Os dois viajam juntos para a capital federal onde participarão do ato público de formação da nova legenda. Francischini deve assumir a direção do PEN no Paraná e ainda um cargo na executiva nacional do partido. A saída de Francischini do ninho tucano já era dada como certa. Desde que foi preterido para ocupar a vice na chapa de reeleição do prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB), Francischini não escondeu a insatisfação, que culminou na decisão de migrar para o PEN. Quem também confirmou o ingresso nas fileiras do novo partido foi Kielse. Na sexta-feira passada, o deputado confirmou a saída do PMDB e os motivos que o levaram a mudar de partido. Kielse afirmou que não encontrou dentro do PMDB o apoio que esperava para lutar contra o pedágio no estado. “No próximo semestre vou precisar de autonomia para tomar algumas decisões sobre os pedágios aqui no Paraná”, disse, sem revelar o que pretende fazer. Ele apenas antecipou que vai lutar pela duplicação das rodovias estaduais e pela renegociação dos valores do pedágio. Quem também desembarca hoje em Brasília para assinar a filiação no PEN é o vereador de Campo Largo Lucir Marchiori (PSDB), que teria ficado insatisfeito com os rumos do partido na cidade. Depois das alianças formadas pelos tucanos nos municípios paranaenses, aumentaram as conversas e convites de filiação no PEN. Apesar do descontentamento, no Paraná o PEN deve integrar a base aliada do governador Beto Richa (PSDB). No plano nacional, a expectativa do novo partido é atrair de oito a dez deputados federais. Se o número se confirmar, o PEN ficaria no mesmo patamar do PPS na Câmara Federal – considerado partido médio.