Após idas e vindas na Justiça, tendo o risco de ter a candidatura impugnada, Menegusso (DEM) está confirmado, até o momento, como sendo o “novo-velho” prefeito de Campo Magro, após vencer as eleições, no dia 7 de outubro, com pouco mais de 37% dos votos válidos (5.305 votos). Menegusso foi o primeiro prefeito da cidade, tendo assumido em 1997, e reeleito em 2000. Segundo as palavras de Alvir Jacob, engenheiro agrônomo, ex-secretario da Agricultura e Meio Ambiente de Menegusso e parceiro na nova gestão, “Temos que fazer muito, já que muito pouco foi agregado após nossa saída”, afirma o engenheiro. Segundo dados do IBGE, Campo Magro em 2000 tinha 20.409 habitantes. Hoje, o número chega a 24.836 (dados de 2010), um crescimento de quase um quinto da população. Junto a isso, soma-se a baixa renda da cidade, que sobrevive das verbas repassadas pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e pelo Estado e, principalmente, dos royalties de preservação. “Dependemos do ICMS ecológico, além das receitas de governo federal, que basicamente são a receita do município. IPTU gera pouca receita porque há ocupação muito grande de moradias irregulares que estão dentro de áreas públicas”, afirma Menegusso. E como a moradia é ilegal, a prefeitura não pode gerar IPTU nestes casos, o que diminui a receita gerada pelos impostos. Contudo, as despesas com educação e coleta de lixo, por exemplo, aumentaram devido ao crescimento populacional. Tendo isso em vista, o prefeito eleito pretende apelar por um aumento nos repasses pela preservação da natureza, alegando que a cidade sofre discrepância no processo de industrialização. Investimentos também serão feitos na área de turismo, com a implementação da história da região nos principais pontos turísticos da cidade. “Queremos isso na nossa nova gestão, implementar um pouco da historia das regiões, para atrair um turismo com a historia da origem da riqueza da região metropolitana”, diz Jacob. Outra saída apontada pelo grupo que assume o poder no dia 1º de janeiro de 2013 é o incentivo ao artesanato e outros pólos industriais, que não gerem poluição. “Poderíamos ser geradores de receita se instalarmos um pólo de desenvolvimento de equipamentos para telefonia de celular, um do artesanato. Não geram poluição e são alternativas extremamente ricas que poderiam deixar uma receita excelente para o município”, afirma Menegusso.