Ontem a tarde (11), levantei um polêmico tema em uma roda de amigos em um órgão público que costumo ir com certa frequência lá em Curitiba. O assunto foi a instalação da Colônia Penal, na Fazenda Solidariedade, aqui em Campo Magro. Vamos então ponderar sobre o quesito SANEAMENTO, dentro desse contexto. Segundo projeto do Governo do Estado, a instalação da Colônia estaria prevista para 1.000 detentos. Desconheço a quantidade de funcionários efetivos que seria necessário para a plena funcionalidade da unidade penal, então vamos nos ater somente em mil pessoas. Campo Magro está situado em cima de Área de Proteção Ambiental (APA), ou seja, existem sérios e necessários empecilhos relacionados à instalação de indústrias que possam poluir o sub-solo.
Em primeira instância, uma Colônia Penal não é uma fábrica poluente. Entretanto, se fizermos uma análise não tão aprofundada, chegaremos à uma conclusão totalmente oposta. O que fazer com os dejetos sanitários de mais de mil pessoas, várias vezes ao dia, sete dias por semana, trinta dias por mês e quase quatrocentos ao ano ? Falando em bom e claro português, um volume considerável de fezes e urina, que não pode ser depositado em fossa sanitária, segundo informações do IAP– Instituto Ambiental do Paraná. Nossa cidade NÃO conta com rede de esgoto no local onde a colônia pretende ser instalada, e ela está em cima de aquífero. O que o Governo do Estado pretende fazer então ? Será que ele irá construir quilômetros e quilômetros de uma onerosa rede de esgoto, proibirá os detentos de defecarem, ou afrontará as leis ambientais ?