CÂMARA APROVA MULTA DE 2 MIL REAIS PARA USO DE “LINHA DE PIPA COM CEROL”


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Não são poucos os acidentes com a “famosa linha cortante”, o que levou os vereadores de Curitiba a aprovaram, em primeira votação e com unanimidade, na sessão desta quarta-feira (24) da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), projeto de lei da Vereadora Fabiane Rosa (PSD) que atualiza a lei municipal 11.435/2005.

A norma proíbe na cidade o uso de cerol, uma mistura de vidro e cola, em fios de pipa. O material é passado nas linhas para “cortar” outras pipas, como uma forma de “competição”, mas costuma causar acidentes graves em ciclistas, motociclistas e até mesmo em animais.




A alteração (005.00169.2019 com a emenda 035.00007.2020) acatada pelo plenário com 32 votos favoráveis, além de quadruplicar o valor da multa aos infratores, que salta dos atuais R$ 500 para R$ 2 mil, e será cobrada em dobro a cada reincidência, inclui a proibição da chamada linha chilena, que é até dez vezes mais cortante que o cerol, por conter alumínio em sua composição.
O texto determina, ainda, o recolhimento e destruição do material apreendido pela fiscalização. Segundo a parlamentar, com a chegada da pandemia, as ocorrências registradas pela Guarda Municipal dispararam. “Tivemos 3 ocorrências até o mês de março e saltamos para 500 até a metade deste mês”, alertou.

“É um fio que parece inocente, mas causa acidentes gravíssimos, podendo levar à morte”, completou a parlamentar, que diz ter apresentado a matéria após ter sido procurada por grupos de motociclistas e motoboys, que estão mais expostos ao risco. Ainda segundo Fabiane Rosa, há relatos de animais mutilados, sendo que também correm perigo as crianças e os coletores de lixo e materiais recicláveis. “É uma arma em potencial escondida em um fio”.

A vereadora ressalvou que o objetivo da lei é sensibilizar a população para os perigos dos materiais cortantes e que não se trata de proibir as pessoas de soltarem pipas. “Pipa é brincadeira, cerol é crime”.