Conforme qualificação postada na foto abaixo, um dos quatro agentes baleados na ação anti-tráfico do COPE, aqui em Campo Magro, não poderia ter participado da ação e nem portar arma. Roberto Batista Soares, que levou um tiro e chegou a ser internado, está enquadrado no Portal de Transparência do governo do estado como agente de apoio na função de motorista, que não tem as prerrogativas de um policial. Na época do confronto, os veículos de imprensa foram informados de que Soares era investigador da Polícia Civil. Nesta sexta-feira (14), a informação é de que ele estava no local na função de motorista e que interferiu na ação para ajudar os policiais quando a situação “ficou feia”. Haveria uma arma extra dentro do carro, que ele usou no afã de ajudar. A Polícia Civil reconhece que agentes na função de Soares não podem participar de operações. Soares, no entanto, teria sido baleado na mesma situação em que o delegado Leonardo Bueno Carneiro foi atingido. Carneiro levou dois tiros, e Soares um. Os outros dois policiais feridos teriam sido baleados depois, quando o traficante já havia tentado fugir. A operação “em dois tempos” foi confirmada pelo Sindicato dos Investigadores do Paraná (Sipol). O traficante foi morto no fim da operação. Segundo o Sipol, o estatuto da Polícia Civil não prevê que agentes de apoio na função de motorista atuem como policiais. Eles não seriam treinados em escolas de polícia e nem teriam permissão para o porte de armas. O sindicato diz que a atuação de Soares na operação não se justificaria por falta de efetivo, porque este problema não afeta o Cope. Quanto à alegação de que o motorista tenha atuado para ajudar, o Sipol diz que seria “inverossímil” o delegado ter planejado ir sozinho para a operação, que seria potencialmente perigosa. O Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) não foi localizado nesta sexta feira para comentar o caso. Aconteceu está no site, a notícia diária dos acontecimentos em Campo Magro.
