Representantes da Africarte visitaram duas propriedades em Campo Magro atendidas pelo programa Fábrica do Agricultor da Emater. Os responsáveis pelo programa reuniram-se esta semana com representantes da Ong internacional Associação do Desenvolvimento da Agricultura Natural e Cultura Africanas (Africarte), de Angola. O objetivo foi conhecer o programa paranaense e visitar propriedades assistidas pelos técnicos da Emater. A intenção da Ong é ver de perto como a Fábrica do Agricultor pode gerar renda e melhorar a vida dos agricultores familiares. Além disso, os visitantes esperam adaptar alguns princípios do programa para o trabalho que desenvolvem na África.
A Africarte representa a Fundação Mokiti Okada em Angola, e deve em breve implantar uma escola de agricultura natural para formar instrutores no país. A previsão é que cerca de cem mil instrutores sejam formados nas 18 províncias angolanas. De acordo com o presidente da Ong, Cláudio Cristiano Leal Pinheiro, a escola também vai atuar na formação de instrutores para orientar a instalação de agroindústrias. Em visita ao Paraná, Pinheiro ficou sabendo da existência do programa Fábrica do Agricultor, durante a Feira Sabores do Paraná, e fez questão de vir a Curitiba para conhecer o trabalho. “Viemos conhecer o que estão fazendo aqui para, talvez, fazer algo semelhante na África”, disse.
Os representantes da Africarte foram recebidos por José Carlos Pinhatti e Valmor José Correa que relataram um pouco da história da Emater e do programa Fábrica do Agricultor desde a sua criação, em 1999. Atualmente 1.300 propriedades são atendidas pelo programa. Cada empreendimento gera de 5 a 6 empregos e uma renda de três salários mínimos, por membro da família, em média. Aconteceu está no site. As notícias de Campo Magro em primeira mão.