UM POUCO MAIS SOBRE A HISTÓRIA DE CAMPO MAGRO.


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Conheça um pouquinho mais da história de Campo Magro, ela faz parte da história de Almirante Tamandaré, pois em 1943, por meio do Decreto-Lei n 199 de 30 de dezembro, Campo Magro se tornou distrito de Almirante Tamandaré até 1995, ano de sua emancipação.

Conta-se que Campo Magro surgiu no Bairro Conceição, porém nesses primórdios já era habitado pelos índios nômades Tinguis os quais, segundo historiadores da região dominavam no século do descobrimento do sertão os Campos de Curitiba, a partir da encosta ocidental da Serra do Mar (São José dos Pinhais, Piraquara, Campo Largo, Araucária, Almirante Tamandaré, Campo Magro, Colombo, Campina Grande e Rio Branco). Afirmam ainda que esses mesmos índios participaram da exploração do ouro como serviçais e que integram a formação étnica da comunidade local.

Ciclo do Ouro

Os primeiros aventureiros que chegaram as nossas terras eram portugueses que procuravam ouro, durante o Ciclo do Ouro  – a partir do século XVIII  – quando a mineração do litoral paulista se estendeu pelo Vale do Ribeira. Portanto o início do povoamento da região deu-se com o “Descoberto da Conceição: lavra d’ouro no quarteirão da Conceição, distrito de Campo Magro, explorada pelo guarda mor Francisco Martins Lustosa. Esta mina da Conceição, segundo alguns historiadores, foi descoberta em 1680 pelo capitão Salvador Jorge Velho. Com os portugueses vieram os escravos. O norte de Campo Magro teve atividades escassas nas minerações principalmente pelo seu relevo acidentado.

O tropeirismo e Campo Magro.

Segundo relatos, Campo Magro recebia muitos tropeiros que passavam pela antiga estrada do Cerne onde aos arredores formava o povoamento de Campo Magro, mais precisamente o bairro Novos Horizontes. Conta-se que os tropeiros quando em passagem pelo local, após um período de inverno bem rigoroso, em que acomodaram seu gado na região para descanso e pastagem, perceberam que o gado estava muito magro e que esta região, por suas características, apresentava uma pastagem danificada e pobre e, que por assim ser, deveria ser chamada de “campo magro”, pois o pasto que oferecia era muito “magro”, escasso.

Há poucos detalhes e registros sobre os diferentes passos dos tropeiros junto a comunidade, contam aqueles mais antigos de famílias que há muito estão aqui, que pela região passaram muitas e muitas tropas de gado, mula, cavalos. Instalavam-se para descanso, abastecimento e recuperação, utilizando-se muitas vezes dos armazéns, muito comuns no período nesta localidade.

Imigrantes europeus

No século XIX, com o estímulo à imigração em todo território nacional, imigrantes europeus se direcionaram ao estado do Paraná e conseqüentemente a Campo Magro. Italianos, oriundos da região de Santa Felicidade em Curitiba e poloneses procedentes de Araucária, Campo Largo, Orleans deslocaram-se a Campo Magro. Iniciou-se uma nova fase, tanto estrutural, quanto social e econômica com a chegada desses novos imigrantes pequenos e produtores.

Os poloneses trouxeram o hábito do cultivo da  batatinha, bem como outras variedades como feijão, milho, hortifrutigranjeiros. Já os italianos desenvolveram uva, arroz, feijão, entre outros.

Os imigrantes trouxeram a Campo Magro além do seu trabalho, suas crenças, tradições culturais, seus costumes, por fim, uma mescla de modo de vida que se juntou as tradições já existentes marcadas pelos portugueses, índios e negros. Como resultado dessa valiosa mistura temos nos dias de hoje um povo acolhedor e rico de histórias culturais …

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