Dezenas de manifestantes que estavam acampados desde sábado (21) em frente à Câmara de Vereadores de Campo Magro, na região metropolitana de Curitiba, conseguiram evitar a sessão plenária em que os vereadores votariam absolvição do ex-prefeito José Pase (PMN). Ele teve seu mandado cassado em 4 de setembro de 2011.
Segundo os coordenadores do protesto, a possível “absolvição” de Pase pode servir como argumento para que ele recupere efetivamente o mandato no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), em um julgamento que está marcado para a tarde de amanhã.
O empresário César Silvério, um dos organizadores do movimento, explicou em detalhes o que descreveu como manobra dos vereadores. “Sabemos que teve gente que mudou de lado e está querendo uma nova votação. Apesar de não ter validade jurídica, pode servir de argumento de defesa para o julgamento de amanhã”, disse Silvério.
Apesar da sessão das 15h ter sido cancelada, o empresário afirmou que os manifestantes não vão arredar o pé de lá. “Existe o risco de uma sessão acontecer a qualquer momento. Não vamos sair daqui até o julgamento do TJ-PR”, decretou.
Cassação – Os vereadores de Campo Magro cassaram no dia 4 de setembro o mandato do prefeito José Antonio Pase (PMN), acusado de uma série de irregularidades no comando da prefeitura. Houve grande festa com foguetório na cidade que passou o domingo na expectativa sobre o futuro do município. Ao todo, foram votados oito quesitos para embasar o pedido de cassação. Cada quesito apresentava denúncias de irregularidades que envolviam como contratações irregulares, locação de veículos e superfaturamento.
Para a cassação, era necessário um terço dos votos dos nove vereadores e como os seis vereadores da oposição votaram pelo afastamento, Pase perdeu o mandato.