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“NÃO QUERO SER REELEITO!”, deveria ser o lema de gestão do próximo prefeito de Campo Magro. A princípio uma absurda frase, mas bem realista e estruturada.
Vamos analisar a questão, tendo como parâmetro a atual administração e as anteriores também.
Ao meu ver, o cronograma geral que a história administrativa nos mostra é o seguinte :
Primeiro ano de gestão : Muda-se toda a estrutura administrativa e começa-se a fazer obras na justificativa de mostrar ao povo que ele não errou na sua escolha. Neste primeiro momento, passa desapercebido pela população, que iniciar obras é importante, mas conclui-las seria essencial. Sutilmente os munícipes começam a ser iludidos.
Segundo ano de gestão : Abandonam-se obras e mudam-se os projetos sob a alegação de que as finanças estão comprometidas pelas sequelas da administração anterior. Não se conseguiu sanar dívidas antigas, pois paralelamente a esse compromisso de saldá-las, a administração tentou de todas as formas não interromper o que iniciou e dar início também a novas benfeitorias. A culpa é empurrada aos antecessores administrativos, tudo é paralisado e o dinheiro público e os projetos são guardados para uso em adequado momento posterior.
Terceiro ano de gestão : Na sequência dos planos articulados, esse é o melhor e mais conveniente momento para se desviar e guardar recursos financeiros, que serão investidos em uma provável tentativa de reeleição. Todos os decretos, atitudes administrativas e projetos enviados à aprovação da Câmara Municipal, visam única e exclusivamente a manter o domínio financeiro e político sobre os eleitores, investidores e financiadores da campanha eleitoral. Ninguém é poupado. Obviamente com exceção do eleitorado, todos esses senhores e empresas, já estão com os seus retornos de investimentos acertados, caso a campanha tenha exito !
Quarto e último ano de gestão : É chegado o momento em que as obras inacabadas serão concluídas, projetos e liberações de verbas aprovados, a presença de prefeito e vereadores em festas uma constante, e o início de novas obras um fato consumado. Porém o montante financeiro disponível, tem que ser usado na maior quantidade de bairros e nas mais variadas situações que coloquem o sorriso e a credibilidade no sembrante da comunidade.
A administração tem ciência de que o dinheiro indevidamente desviado e poupado para esse “adequado momento”, será insuficiente para tudo realizar e tudo concluir. Mas esse é o cronograma articulado pelas egoístas mentes que só pensam em vantagens pessoais. Para eles tudo está perfeito, em seu devido lugar !
E no pensamento desses “donos do poder”, diariamente se repete a frase : “Que se dane o povo! Que ele acredite que para eles produzimos e por eles realizamos. Que acreditem de fato na ilusória crise financeira que fizemos que acreditassem existir, sensibilizando-os ainda a tal ponto de novamente nos entregarem a confiança de seu voto! Esforços para festejos sociais, sorrisos e tapinhas nas costas não podem nos faltar, precisamos momentaneamente agradá-los…”
Amigos internautas, precisamos de prefeitos e vereadores que gastem todo o seu potencial na primeira gestão, que gastem suas ideias e projetos em apenas quatro anos, que tenham em mente que suas vidas foram emprestadas à comunidade para um único e exclusivo mandato, pois para isso se candidataram de livre e espontânea vontade. Servir o povo é a questão.
Mas e a campanha de reeleição desses hipotéticos bons políticos, onde ficaria ?
Ahhh meus amigos, simples, muito simples, pois se assim eles pensassem pelo povo e agissem para o povo, indubitavelmente já estariam reeleitos …