FAMÍLIA ESCHER DE CAMPO MAGRO REFERÊNCIA EM ORGÂNICOS.


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Famíçia ESCHER de Campo Magro

Os alimentos orgânicos estão dando uma injeção de ânimo na rede de propriedades rurais que cercam Curi­­tiba. O número de chácaras e sítios dobrou nos últimos cinco anos, chegando a 870, conforme estatísticas do Instituto Emater e da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A menos de 50 quilômetros da capital, as atividades do campo ditam a rotina das famílias, que se mantêm na agricultura justamente graças à proximidade do maior mercado consumidor do estado. O aumento da produção é justificado pelo crescimento da procura por esse tipo de produto, considerado mais saudável do que os convencionais. As estatísticas sobre o tamanho do apetite por verduras, legumes e frutas livres de agrotóxicos são imprecisas, mas, de acordo com a Emater, 10% dos curitibanos consomem algum alimento orgânico. Com o estímulo da cidade, os produtores aumentam suas apostas. Depois de vender 7 hectares de terra em Francisco Beltrão (Sudoeste) e se mudar para Campo Magro em busca de novos horizontes, a família Escher é hoje referência na produção de orgânicos na região de Curitiba.

Juntos, pai, mãe e dois filhos administram uma propriedade de 20 hectares a 30 quilômetros da capital. Eles trocaram a produção de grãos – soja, milho e feijão – no Sudoeste pelo cultivo de hortaliças, frutas, pães, leite, geleias e molhos. Mesmo com algumas frustrações de safra por causa de clima, os Escher não se arrependem da mudança. “Aqui a demanda é maior. Na região de Beltrão, eram 500 mil habitantes, em Curitiba são quase 2 milhões”, compara Salete. Os preços das terras no entorno de Curitiba também são um atrativo para os agricultores. O valor do hectare fica abaixo de R$ 20 mil em Campo Magro, dependendo da oferta. Existem opções até 50% mais baratas do que as de pequenas propriedades do Sudoeste, por exemplo. Uma das estratégias adotadas pela associação que representa os consumidores de orgânicos no Paraná, a Acopa, para estimular a alimentação saudável é levar o público urbano para o meio rural. Duas vezes por mês, a entidade promove visitas, com número crescente de participantes. “Nessa aproximação, o consumidor estabelece um canal de confiança com o produtor porque sabe a origem do alimento que ele compra nas feiras.

Além disso, é uma oportunidade para conhecer todo o sistema de produção de orgânicos e os recursos naturais de cada propriedade”, explica Ivo Melão, presidente da Acopa. Ele diz que, no início, as excursões reuniam dois carros. Hoje, é preciso fretar ônibus com 40 lugares. “Muitas vezes não conseguimos atender a todos”, diz ele. As datas e roteiros das visitas são divulgados nas 11 feiras de orgânicos de Curitiba. A produção no campo também está mais volumosa. Cresce de 20% a 30% ao ano, conforme o setor. Enquanto na safra 2005/06 eram colhidas pouco mais de 7 mil toneladas de hortaliças, hoje são 25 mil toneladas, o equivalente a 50% da produção estadual, conforme dados da Secretaria da Agricultura. “A tendência é que haja uma lenta migração de produtores convencionais para orgânicos. Tenho certeza de que, nos próximos cinco anos, chegaremos a 50 mil toneladas de hortaliças orgânicas .”, projeta Iniberto Hammerschmidt, coordenador estadual de olericultura do Instituto Emater. Atualmente, os cerca de 5 mil produtores de orgânicos do estado retiram das lavouras 130 mil toneladas dos produtos. A produção seria insuficiente para suprir o consumo doméstico, mas cresce ano a ano. Na foto abaixo, alguns dos meus orgânicos para consumo doméstico. Aprendi muito com eles

Meus orgânicos - Chácara Pingafogo -2011


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