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Dr. Claudio Tesseroli |
Na quinta, sexta e sábado, entrei em contato com as duas partes envolvidas na polêmica situação sobre algumas compras em Campo Magro. Ambos os lados escutei.
Relato nas partes anexas abaixo, duas situações. Na primeira, os documentos apresentados pelo Sr. Moisés Dias, e na segunda parte a entrevista com o Dr. Claudio Tessaroli.
Recebi documentos de ambas as partes, mas não os publicarei, por razões legais relativas aos processos em andamento.
PARTE I – A DENÚNCIA
Na última quinta feira, recebi do munícipe Sr. Moisés Dias uma cópia da denúncia que ele havia feito à Câmara Municipal, e no Ministério Público, contendo alguns documentos fiscais da empresa Comercial Boa Vista, que tinha sede em Campo Magro, emitida em favor da Prefeitura local, com informações do denunciante que a mesma era de propriedade do Advogado Dr. Claudio Tesseroli, e que ele supostamente era servidor do Município, haja vista que o mesmo estava citado na Comissão de recebimento dos processos licitatórios que foram levados à Câmara Municipal. Ainda, o denunciante, Sr Moisés Dias declarou que a empresa era uma sociedade do Advogado com sua esposa, e que havia preços superfaturados nas licitações que participou.
PARTE II – A ENTREVISTA COM DR. CLAUDIO TESSEROLI
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Mozzilli e Dr. Claudio Tesseroli hoje no escritório do Projeto Esperança Campo Magro. |
Na sexta feita, logo após a inserção da matéria, recebi uma ligação do Advogado Dr. Claudio Tesseroli, que se prontificou a dar uma entrevista para esclarecer os fatos, e compareceu nesta tarde de sábado (24), no escritório do Projeto Esperança, no Jardim Boa Vista I, explicando os fatos, conforme relato nos trechos abaixo:
Pergunta 1 – Claudio, você é funcionário da Prefeitura de Campo Magro ?
Dr. Claudio: “Não sou funcionário público de Campo Magro, nem de qualquer outro Município, o meu serviço é terceirizado, ou seja, não tenho cargo em comissão ou cargo efetivo, presto serviços por um determinado tempo contratual e após esse período posso continuar ou sair, como qualquer empresa que presta serviços a órgãos Públicos. Sou Advogado de inúmeras Prefeituras e Câmaras Municipais, e se fosse servidor público de Campo Magro estaria impedido de Advogar para outros Prefeitos e Presidentes de Câmaras, segundo o próprio estatuto da OAB. Participei da Comissão que iria buscar os processos na Câmara pelo fato que o Sr Prefeito solicitou a minha participação, pelo conhecimento da área e pelo bom relacionamento que tenho com o próprio Presidente da Câmara, Vereador Odair Cordeiro.”
Pergunta 2 – O Sr. Moisés Dias afirmou e denunciou na Câmara Municipal que o senhor era sócio de sua esposa na empresa Comercial Boa Vista, e que havia participado de licitação em Campo Magro com preços superfaturados. O que tem a relatar sobre essas alegações ?
Dr. Claudio – “Mozzilli, temos vários absurdos nessa denúncia, primeiro porque eu nunca fui casado; segundo, a empresa é uma firma individual, ou seja, não existe a possibilidade de ter sócio nesse tipo de empresa, portanto não tive participação alguma na gerência ou administração da mesma. Ainda, a empresa Comercial Boa Vista participou de licitação, concorrendo com mais empresas, o que de imediato inviabiliza o superfaturamento. Nem sei direito quantas empresas participaram e quem venceu, porque sequer fui Assessor Jurídico nesses processos.”
Pergunta 3 – Que providência o Senhor tomou quando soube da denúncia envolvendo seu nome ?
Dr. Claudio: “Primeiro fiquei surpreso, e solicitei formalmente a cópia da denúncia, que me foi autorizada pelo Presidente da Câmara, pois era um direito que eu tinha de saber o conteúdo. Recebi a cópia, e analisei o processo, observei que o denunciante, Sr Moisés Dias havia queimado a Constituição Federal e tudo que existe de licitude processual. Citava meu nome como funcionário público, assessor jurídico nos processos que a empresa Boa Vista participou, inseriu cópia de correspondência que estava em meu nome; e outros documentos que não poderiam ser usados sem a solicitação de cópia junto ao órgão responsável, neste caso a Prefeitura. E ainda colocou cópia de documento privado, que invade a minha privacidade. Fui à Delegacia de Polícia em Campo Magro, fiz um Boletim de Ocorrência denunciando o mesmo por Calúnia, Difamação, Constrangimento Ilegal e por Violação de Correspondência. Em seguida, fiz uma denúncia ao Ministério Público e à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Curitiba. Até onde eu sei, ele já foi ouvido na Polícia Civil e no dia 28 de setembro, semana que vem, teremos a audiência no Juizado Criminal em Almirante Tamandaré. Vai responder pelos atos que cometeu.”
Pergunta 4 – O senhor gostaria de fazer mais algum comentário sobre a denúncia ?
Dr. Claudio – “Não Mozzilli, só gostaria de agradecer por esta entrevista, que me deu a oportunidade de esclarecer os fatos como eles realmente são, e dizer que estou sempre à disposição, sentindo muito pelo fato de ter vindo falar de algo desagradável, mas tendo a certeza que no futuro posso voltar aqui pra falar de cidadania, de desenvolvimento, e ajudar aos que precisam, assim como você faz neste maravilhoso Projeto com dependentes químicos, que hoje pude conhecer. Mais uma vez muito obrigado e parabéns pelo trabalho social que você desenvolve.”
Nosso blog, mais uma vez cumpre seu papel de levar o direito de informação à público, escutando a versão de ambas as partes. Cabe à justiça a averiguação de todos os fatos apontados e a determinação de seu parecer final.