DA PEDRA À ESPERANÇA. UMA DECISÃO INDIVIDUAL !


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Semana passada a REVISTA ÉPOCA, tratou de um importante tema : CRACK.
Diariamente lidamos com essas complicadas situações no Projeto Esperança de Campo Magro. 
No meu modo de analisar a questão da dependência química, não acredito na recuperação total, acredito sim que exista um maior ou menor período de abstinência. Alguns, na primeira semana de tratamento já o abandonam e voltam às pedras. Outros passam décadas e  retornam ao vício, temos no alcoolismo o seu maior exemplo. Em outros casos entretanto, esse período de abstinência poderá ultrapassar o próprio período de vida do dependenteO usuário que realmente deseja se afastar das pedras de crack, deverá ter em sua mente que a vigilância terá que ser para o resto de sua vida, pois ao menor vacilo, a droga estará presente novamente na  vida de quem se julgar totalmente recuperado. A recaída se aproveita daquele fatal segundo de depressão, falta de auto-estima e auto-confiança .   Não se pode dizer que quem passa por um tratamento tenha sucesso de se livrar dessa devastação, mas no mínimo quem se dá a oportunidade de ser tratado, se tiver uma recaída, estará melhorado para tentar uma nova recuperação. Triste essas palavras , mas é a mais pura realidade. Vivemos com esse tipo de situação 24 horas por dia , trinta dias por mês.
As fotos abaixo foram retiradas da reportagem da Revista Época da semana passada.

A internação à força é uma questão que envolve muitas outras situações para cada caso analisado. Não existe uma resposta fácil para se dizer que a internação forçada possa resolver o problema. Existem acentuados casos mórbidos e outros menos complexos. Quanto à internação espontânea, podemos dizer que a chance de sucesso é bem maior, pois alia-se a força de vontade individual aos procedimentos padrões que o tratamento especializado oferece.

Quatro especialistas de diferentes áreas deram a sua opinião. 
Drauzio Varella – médico- diz “Não podemos dizer que o cara fica internado três meses e vira um cidadão acima de qualquer suspeita. Muitos vão retornar ao crack. Mas pelo menos eles tiveram uma chance. “
Walter Maierovitch – jurista – diz “se a internação compulsória continuar, quem a fizer corre o risco de parar num tribunal penal internacional, por crime contra a humanidade”.
Marcelo Barone – promotor – comenta, ” vamos botar na balança : o que é mais importante ? O direito à saúde ou o direito de ir e vir ? O bem maior garantido pela constituição é a vida do ser humano ! “.
Ronakdo Laranjeira – psiquiatra-, ” Doença química é uma doença complexa e requer tratamento complexo, não vai ser com oração que você vai tratar de adolescente dependente de crack”.

A recuperação é complexa, mas tem que ser feita de alguma forma. Não se pode cruzar os braços e deixar de agir. Se algum modo de tratamento deu resultado positivo para um dependente, não se pode generalizar que essa situação novamente aconteça, pois ela pode não ser a ideal à outro usuário.
Se você conhece alguém que QUEIRA SE DAR UMA CHANCE, informe-se sobre o trabalho social que desenvolvemos no Projeto Esperança de Campo Magro, elas podem ser fornecidas pelo fone 9639-2060 com Mozzilli, gestor do projeto, ou com o Pastor Jorge pelo fone  3273-5820 ou 3374-3035 no Departamento de recuperação.


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