Os municípios de Campo Magro e Almirante Tamandaré estão unidos na luta contra a extinção ou rezoneamento de zonas eleitorais no Paraná. Os dois municípios compartilham a Zona 171. Os debates sobre a possibilidade de fechamento de zonas eleitorais começaram após a publicação da Resolução 23.520/2017, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que num primeiro momento deverá extinguir ou remanejar 80 das 206 zonas eleitorais existentes no Paraná. O assunto foi amplamente debatido numa audiência pública realizada no início da noite da última quinta-feira, 27 de julho de 2017, no Centro de Convenções de Almirante Tamandaré.
“Haverá prejuízo no atendimento dos eleitores, além de muitos ilícitos e abusos eleitorais que teremos dificuldades de apurar com a distância. Por isso nossa preocupação”, afirmou Frederico Rafael Martins de Almeida, chefe do cartório eleitoral. Para a redução das zonas eleitorais no Brasil, o TSE argumentou a necessidade para redução de custos. No entanto, a extinção das 80 zonas eleitorais do Paraná traria um impacto de 0,2% ao orçamento da Justiça Eleitoral.
O prefeito de Campo Magro, Cláudio Casagrande, acredita que o remanejamento das zonas eleitorais é um retrocesso. “Esse é um banho de água fria para Campo Magro, que sonhava com uma zona eleitoral no Município. Como defensor do crescimento e do desenvolvimento, não posso concordar com essa resolução”, completou. O prefeito de Almirante Tamandaré, Gerson Colodel, disse que fica preocupado com a redução das zonas eleitorais até mesmo pelo processo eleitoral – complicado nas pequenas cidades. “Cada vez mais existe a necessidade de uma fiscalização rigorosa do processo eleitoral, que acabaria ou reduziria muito sem uma zona eleitoral na cidade”, finalizou ele.
Números – Hoje a cidade de Almirante Tamandaré tem 63.973 eleitores aptos a votar e outros 14.503 que precisam fazer a biometria. Campo Magro tem 17.820 eleitores aptos e outros 3.424 que ainda não fizeram a biometria e estão com os títulos cancelados.
