A ocupação do empreendimento Jardim Águas Claras, aqui em Campo Magro, se transformou em um grande impasse envolvendo a prefeitura do município, a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e a Caixa Econômica Federal. As mais de 60 famílias que estão no local desde o dia 08, afirmam que foram autorizadas pelo município a entrar nas casas, mas se tornaram alvo de uma ação de reintegração de posse que deve ser cumprida a qualquer momento.
Uma das moradoras alegou que o próprio município liberou as chaves para os futuros moradores dos imóveis, mas dias depois cortaram o fornecimento de água e avisaram da necessidade de deixarem as casas. “Falaram que não tinham verba para terminar as casas e, quem tivesse condição de terminar, poderia terminar. Agora falaram que temos que sair, mas não temos para onde ir”, disse a mulher que se identificou como Jéssica.
Alguns moradores fizeram uma manifestação em frente a Prefeitura de Campo Magro e se reuniram com o secretário de gabinete Alcione Gaspar Pinto, o qual nega que a administração municipal tivesse autorizado qualquer mudança para os imóveis.
“A prefeitura não participou em nenhum momento de uma reunião com entrega de chaves. Eles foram até lá, invadiram a obra e encontraram as chaves das outras casas. Fizeram isso para criar um fato político”, criticou o secretário. Ele afirmou ainda que os ocupantes não são os beneficiários das casas, previstas para serem entregues em agosto deste ano a 74 famílias que moram em áreas de risco do município, e que a obra não estava parada. “Tanto é que eles expulsaram os pedreiros que estavam trabalhando”. disse o chefe de gabinete.