Vinte e dois municípios da Região Metropolitana de Curitiba participaram na tarde de ontem (27) do 1º Encontro de Desenvolvimento Industrial da Região Metropolitana de Curitiba, na Fazenda Experimental Gralha Azul da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), em Fazenda Rio Grande.
“Este é o início de uma discussão para promover o planejamento mais organizado e inteligente do processo de desenvolvimento econômico da região metropolitana”, disse o secretário de Assuntos Metropolitanos de Curitiba, Neco Prado.
Curitiba já está trabalhando a integração de suas políticas públicas com os municípios da região metropolitana por meio de programas como o Sistema Metropolitano de Informações Georreferenciadas (Metrogeo), uma ferramenta avançada de gestão pública do território; os convênios de cooperação técnica para a capacitação de servidores e para o funcionamento dos programas de segurança alimentar do Armazém da Família, Nossa Feira e o transporte público.
Para o presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Assomec) e prefeito de Pinhais, Luizão Goulart, a partir desta iniciativa será possível construir um mapa com a vocação de cada região, as limitações ambientais e traçar um plano de desenvolvimento econômico. “Só assim saberemos qual município poderá receber determinado investimento”, afirmou. A região metropolitana de Curitiba é cortada por mananciais de água que abastecem as cidades e devido a esta limitação, muitas indústrias são impedidas de se instalar em alguns municípios como Piraquara, Pinhais, Campo Magro e Campina Grande do Sul.
O diretor da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) Rodrigo Martins disse que a economia acontece nos municípios e quando há organização, tudo muda. “Não é possível pensar só na indústria. As cidades têm que apostar em serviços e comércio e a integração vem complementar os esforços isolados”, afirmou.
Foi o que fez a prefeitura da Lapa. No início da atual gestão, a equipe da prefeitura soube que a Electrolux estava procurando lugar para instalar uma de suas unidades. Aproveitou a situação estratégica e os potenciais da cidade e conquistou a vinda da empresa para a cidade. “É o maior investimento dos últimos 35 anos. São 2 mil empregos diretos e outros 800 indiretos, além da instalação de pequenas fábricas de acessórios”, explicou Leila Klemk.
Para a prefeita, muito mais do que os empregos, as empresas levam ao desenvolvimento pleno da cidade. “A maioria das vagas de emprego são para pessoas que possuem o ensino médio e mão de obra qualificada. Começamos a incentivar a população a estudar. Não só da Lapa, mas dos municípios vizinhos. Estamos preparando nossa cidade para o futuro”, concluiu.