Funcionários da Auto Viação Mercês e São Brás estão paralisados
Os motoristas e cobradores de ônibus da empresa Auto Viação Mercês, em Curitiba, decidiram entrar em greve na madrugada de sábado (21). Segundo o vice presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Dino César de Mattos, a paralisação aconteceu porque a empresa não efetuou o pagamento da segunda parcela do 13º salário e do adiantamento quinzenal aos funcionários. Em solidariedade à greve, alguns funcionários da empresa Auto Viação São Braz, que alimenta os ônibus em Campo Magro também paralisaram as atividades.
Até as 11:00 horas, a situação mais crítica era no bairro Santa Felicidade, além dos trechos em Campo Magro. Até este horário, pelo menos 100 funcionários tinham aderido à paralisação. Entre as linhas afetadas estão o Interbairros II e o ligeirinho Inter II.
Ainda conforme Mattos, outras empresas da capital também estavam com os pagamentos atrasados, mas atualizaram na sexta-feira (20). Apenas a Auto Viação Mercês não regularizou a situação. Uma assembleia com os funcionários está marcada para as 12h para decidir de a greve será mantida ou não. “Se a empresa não pagar o que deve, nós não vamos voltar”, afirma Dino.
Linhas reforçadas
A Urbs declarou que os pagamentos estão em dia e que notificou a Auto Viação Mercês no início da manhã para que os motoristas e cobradores retomem os trabalhos. A empresa também declarou que as linhas que abastecem o bairro Santa Felicidade foram reforçadas. A Coordenação da Região Metropolitana (Comec), responsável pela Auto Viação São Braz, também foi notificada pela Urbs para que, pelo menos os motoristas, voltem ao trabalho.
Tom áspero
Em nota, a Prefeitura de Curitiba disse que poderá notificar a Auto Viação Mercês por descumprimento de contrato. De acordo com a administração municipal, o valor pago pelos passageiros na tarifa de ônibus assegura o pagamento do 13º salário a todos os motoristas e cobradores da cidade. O texto diz ainda que, ao longo do ano, foram feitos todos os repasses necessários para garantir que não houvesse atrasos salariais para a categoria. Em tom áspero, a prefeitura também disse que qualquer ação das empresas que possa impedir a circulação dos ônibus na cidade será entendida como “lock out”, termo usado para descrever uma greve com incentivo dos patrões, com o objetivo de garantir vantagens para a empresa. Caso isso seja comprovado, a administração municipal promete acionar o Ministério Público.