Hoje pela manhã (15) estive na Assembleia Legislativa e participei do evento da Comissão de Assuntos Metropolitanos que discutiu a integração do transporte coletivo na Região Metropolitana de Curitiba, em audiência realizada no Plenarinho do Legislativo Estadual. A população de Campo Magro tem direto envolvimento com essa decisão, na qual os ônibus podem ou não continuarem integrados, o que afetará diretamente o bolso dos usuários que dependem do transporte público.
Diversos deputados e prefeitos estiveram presentes. Segundo o presidente da comissão, a possibilidade do fim do subsídio pago pelo Governo do Estado para manutenção do sistema integrado, hoje na ordem de R$ 64 milhões ao ano, vai impactar sensivelmente o desenvolvimento das diferentes localidades integradas pelo transporte. “O transporte é praticamente discutido em tabela. E não é apenas isso, mas a integração, porque ela é o indutor da Região Metropolitana. O aumento da passagem prejudica o desenvolvimento dos municípios. Por isso, vamos aprofundar este debate para que tenhamos algumas alternativas”, disse o parlamentar.
Para o presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), o valor já reajustado da passagem do transporte em Curitiba, a R$ 2,85 já está no limite da capacidade de manobra de gestão. “Se confirmado o fim do subsídio, que seria em 1º de maio, haverá prejuízo aos municípios. Hoje, o valor pago pela população está no limite. As prefeituras não terão condições de pagar. Que o governo reveja esta postura”, alertou. A postura do Governo do Estado, conforme assegurou o secretário é de manter a integração. De acordo com ele, o Executivo, ao propor a isenção do ICMS do óleo diesel, já sinaliza com a preocupação em não desarticular o transporte em Curitiba e na Região Metropolitana. Mas para ele, o debate precisa envolver sacrifícios do governo federal, do Estado e dos municípios. “O governo tem o maior interesse em participar deste debate e achar uma solução. Em nenhum momento, é preciso dizer isso, cogitamos em desintegrar o serviço de transporte. Mas propomos um estudo de valores da tarifa, um estudo técnico sobre preço de origem e destino para saber, de fato, quanto custa”.