Existe uma frase popular que diz que as coisas só começam depois do carnaval. Pois bem, ele chegou ao fim ! Enquanto os Salgueiros e Portelas da vida disputaram quesito à quesito nas passarelas do samba, muito mais discreto que elas, agiram as escolas de samba-políticas que também compuseram o ambiente carnavalesco muito antes de 2012 chegar. Nesse cenário, onde muitos fazem teatro encenando seu pseudo interesse pelo povo, em breve a passarela se tornará palanque e o mestre sala cederá espaço aos cabos eleitorais. Assim como uma organizada escola de samba, o ramo político mau conduzido e de poucas e parcas ideias, também elabora seu próprio e ardiloso enredo. A primeira manifestação, muito antes que a festa comece, pode ser notada na “eficácia defensiva” de quem tem seu emprego empenhado e mantido pela promessa de voto e não pela sua capacidade de produção ou gestão. Defende-se seu rei Momo e canta-se o enredo escrito pelos manipuladores, mesmo que não se consiga discernir sobre o tema, ou que ao menos se entenda o contesto geral e o objetivo do desfile. Vale qualquer fantasia ou carro alegórico para manter seu cargo, ou pleitear mais um aos seus parentes passistas. Enquanto alguns detalhes passam desapercebidos aos olhos populares, as maldosas articulações dos que só agem em benefício de seu grupo de apoio, encenam o teatro onde o povo é o falso objetivo de suas atitudes. A esses integrantes que pleiteiam a continuidade de seus cargos, disseminando inverdades e fantasiosos projetos, a eles serão destinados a real e necessária avaliação popular sobre o que já fizeram e o quanto de fato seus chefes já contribuíram para a cidade. Nesse quesito deve ser analisado os pretensos políticos, assessores e equipe de apoio. Vale lembrar que um fator determinante para o sucesso administrativo de uma cidade, é a idoneidade e profissionalismo consciente de todo o grupo que assessora e apoia as atitudes de quem legisla ou executa. Se uma das partes falhar, é inevitável o desastre …