Um carnaval bem exótico foi o que acabei de passar na agradável presença de alguns amigos. Enquanto na maioria das TV’s o som era de samba no pé, nossas mãos nos conduziam à um misto de violão, teclado, violino, acordeom e boa música. Acredito que o ritmo musical tocado por uns e ouvido por outros, jamais será inconveniente, cafona ou inadequado, se deixarmos as notas musicais falarem mais alto, deixando-as melodicamente tomarem conta de todos os nossos sentidos. Qual é a música ideal ? Para mim, se for antiga seria aquela que nos faz navegar em agradáveis recordações, transferindo-nos imediatamente ao passado, tão logo a primeira nota seja tocada. Se for recente ou inédita, seria aquela que nos faz querer escutá-la novamente para que nossos ouvidos se acostumem e captem a harmoniosidade melódica de seus acordes.
Soprano, contralto, mezo-contralto para as vozes femininas ou tenor, barítono e baixo para as masculinas. Qual é o timbre ideal de voz ? Isso pouco importa se a questão é simplesmente cantar e cantar ou escutar e escutar. Deixar que esse momento tome conta da situação e nos faça esquecer os ponteiros do relógio é o que vale a pena. Alguns tocam, outros cantam e outros ainda somente escutam, mas nessa interação de aptidões positivas e negativas, o que realmente importa é a inenarrável felicidade de se estar com amigos, que ao desafinarem suas gargantas ou seus dedos, ainda estarão nos proporcionando o agradável desfrutar de uma querida e inesquecível companhia …
A minha preferida da noite foi : “A mão que toca um violão se for preciso faz a guerra. Mata o mundo, fere a terra. A voz que canta uma canção, se for preciso canta um hino … O mesmo pé que dança um samba se preciso vai à luta, eu vou …” , música Viola Enluarada, com letra de Paulo Sérgio Valle e melodia de seu irmão Marcos Valle. Um maravilhoso e produtivo final de feriado à todos !