Temendo uma greve dos professores da rede pública estadual, o governador Beto Richa (PSDB) enviou hoje às pressas mensagem à Assembleia Legislativa do Paraná propondo reajuste de 19,55% à categoria. Os deputados, aprovaram-na em duas votações. O reajuste autorizado corresponde à diferença necessária para o cumprimento da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional – que é de R$ 1.451,00 , que o governo do estado havia se comprometido a pagar. Embora Richa tenha assinado o reajuste, amanhã, quinta-feira (30), educadores de todo o Paraná prometem fazer barulho em frente ao Palácio Iguaçu.
Parte da categoria critica a gestão da Secretaria de Estado da Educação (SEED), que é conduzida pelo vice-governador Flávio Arns (PSDB) e pela superintendente da pasta e secretária de fato, Sra. Meroujy Cavet. Os funcionários de escola reivindicavam aumento de 8,59%, mas tiveram que se contentar com apenas 3,54%, ou seja, eles chegaram ao piso salário mínimo regional. Ontem, professores da UFPR divulgaram um veemente manifesto criticando as explicações da superintendente para a queda do IDEB do Paraná. Os mestres afirmam que “os gestores da SEED não entendem nada de educação pública”. Após a passeata, às 14h30, a categoria deverá realizar uma assembleia geral na sede do Paraná Clube (Av. Kennedy). Dentre os professores, há quem queira radicalizar propondo aulas de 30 minutos até o governo sancionar outras pautas já acordadas e não cumpridas, ou seja, 33% da hora-atividade; Lei do Piso retroativo a janeiro de 2012; dobra do padrão; e PDE. Professoras à luta, apitos na boca novamente se necessário for.